PROIBIDO ler e não comentar!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Promessas...

eu ia montar um diário das férias, mas deu preguiça... xD

domingo, 14 de dezembro de 2008

Obsessões efêmeras

E novamente as inquietas noites de expectativas,
De não saber o que fazer.
E no saber, resumir-se a esperar
A boa vontade das donzelas,
Que por um sadismo macabro
Não são obsessivas como eu.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

(Y) [plaquinha de sarcasmo]

me lembre de não conversar na internet morto de sono.
[nunca falo as palavras certas]

sábado, 6 de dezembro de 2008

Fragmentações aglutinadas

O beijo às vezes torna-se uma ferramenta de intimidade, pois sem ele a aproximação é demasiada lenta e gradual. É um modo de baixar defesas e integrar emoções, receber e doar certa dose de confiança. É afinal um fenômeno louco com efeitos psicológicos incomuns, mas que quer dizer tudo o que tem que dizer. Não há muito o que possa ser sabido, ou nada, mas sei que depois de um tempo descobre-se a sutil diferença entre dar um beijo e acorrentar a alma, principalmente deve-se ter essa iluminação quando se cresce crendo em neuroses puritanas. Viver nos recatos clérigos arcaicos faz muito mal aos que anseiam a liberdade de espírito e mentalidade. Por fim, viva atento ao vento, e na meta de ser o ser mais perfeito que possa vir a ser.

domingo, 30 de novembro de 2008

[In]sensatez

Como falar de sorrisos com sorrisos em potencial?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Humano

A vida distoa na confusão cotidiana,
confusão disfarçada de certeza,
pela arrogância de supormos que sabemos o que está por vir
[mas o que é que nos fará mudar de idéia?]

Complexo é policiar seu comportamento para evitar todas as resistências psicológicas que você sabe serem fraquezas

Periscópios à poesia

Ultimamente tenho procurado em cada ambiente no qual me encontro, observado cada face, cada movimento, cada modo de falar, cada conotação psicológica externa, para ver se encontro uma pessoa profundamente bela, para criar uma poesia que seriamente encontra-se em falta.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Parafilias

Hemofílico é alguém que gosta muito de sangue?

domingo, 9 de novembro de 2008

Cansei de esperar as cartas que não chegam.

"Amigo punk"

Permaneço em minhas paranóias.
Não digo nada a ninguém porque nunca sei o que eu quero.
Não digo nada, e o niilismo me mata.
Mata-me o niilismo.
Morte ao niilismo.
[Com o niilismo, a morte nunca fez tão pouco sentido].

e eu odeio o que eu escrevo, mas assino, como a desenhista estoniana perfeccionista.


-se ao menos eu conseguisse, por um texto, transparecer meu caos, minha paranóia, minha ira generalizada, minha solidão... mas minha condição poética está lá no chão, libero-me em fragmentos ininteligíveis. Quero uma simples fuga, para sempre; um 'choose your new character'; uma perfeição que me seqüestre (como a menina que joga xadrez). Quero tudo o que não tenho, pois sou a versão masculina d'A incontentável, e mesmo aguardo a carta que nunca virá. Me limito em pensamento aos fragmentos que não me contentam afinal. Porque não tenho alguém só para mim. Alguém para mim só. Só. O resto é a matéria escura que ilustra monocromaticamente minha existência caótica; pouco me importa essa matéria negativa e preenchitiva. Um grito por favor, me devolvam minha garganta! Me devolvam minha capacidade poética, minha alegria infantil. Pode levar meus punhais, só quero olhá-los mais um pouco... E por fim, nesse misto dramático de idéias, destilo a amilase e embebedo-me com essa saliva seca. Arrependimento [pela omissão] é a palavra que tenta a língua a ser dita; língua inquieta, que devora minha boca no desespero de devorar a de outrem.
E não quero dó, abomino-a. Quero empatia. E um beijo. E um carinho. Sinceros.

[esse post n dura mais de um dia]

Desespero

Pelo amor a vossa divindade, alguém me tire desse lugar!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Manchete

Nesse dia 6/11/2008, foram constatados uma lista de 57 comentários no post anterior "Repugnante,", que foram necessariamente deletados pelo Autor do blog, o Sr. Leozoide, pois não condiziam com a temática da referida url www.leozoide.blogspot.com . O Sr. Leozoide lamenta por não ter podido deixar os comentários em seus lugares para evidenciarem a popularidade de seu blog, agradece a colaboração de todos e pede da próxima vez discussões mais saudáveis e menos pejorativas.



Vote Barack Obama!



Leia na página 5 sobre a crise da mamona no Centro-Oeste

sábado, 1 de novembro de 2008

Repugnante,

repugnante! - gritava, como se o grito pudesse purificar sua consciência e o espírito dos outros degradados seres que dançavam vazios sobre a poça do veneno que escorria de suas perfurações auto-pungidas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Gasto demais a poesia na vida
Nos olhares, atitudes, admirações,
Logo pouco me impele a poesia ao papel
Das letras argênteas duras mas de sopro leve.
Sou Eu Lírico com pouco papel.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O branco que não sara

Branco. É o que vejo.
Um apático branco, quase o mar de leite de Saramago.
Sorrisos tristes tentam desenhar alguma figura
Menos estática, a minha frente.
Os olhos sangram às vistas de bocas a sangrar,
Mas é um sangue branco
Congelado e interno,
Branco. Quase cinza.
Mas ainda assim branco.
Não exalam prazeres as bocas ou os olhos
Ou as comidas e os sons débeis, frutos de um instrumento ao Léu.
Uma batida desesperançada, um acorde dissonante,
E mais nada me toca o coração
Branco, quase cinza.
Mas ainda assim o mar de leite de Saramago.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vanw's

voices Echoes. am I nothing ; Any windy.
say Hello anytime.realize and Dream.
lives Are over Our vanish Times, THEY'RE NOT endings.

domingo, 5 de outubro de 2008

A perturbação mais digna

A maior declaração de amor de todos os tempos [da minha vida].

Tulipas

"Não é legal ser o quadro se nao pode tocar quem te olha"

Eu queria dizer que te quero,
mas tu me advertirias de que traria mais caos.
Respeito sua sensatez [ou estou sendo insensato?].

As coisas dão-se

Sempre me reequilibro. A questão de ajudarem influencia no tempo de recobrar-me, e no estado que sairei de cada situação caótica.

Sobre a mutabilidade humana induzida

Me pergunto se as pessoas deslocadas e não amadas têm possibilidade de sair de tal situação. Se aquele que ninguém acha legal, q ninguém considera, se a rejeição está infundida nele ou se é algo adquirido e desadquirível...

Me pergunta também se as pessoas mudam. Eu dou conselhos às pessoas de como mudar, serem melhores pra elas e para as pessoas a volta, mas admito que realmente não sei se as pessoas podem mudar. Ainda mais com o fato de eu não dar crédito ao conceito de livre-arbítrio.

De qualquer modo, tudo é triste assim...

A cura para todo o mal

Por que eu não consigo aprender que a cura para minhas raivas e tédios é mudar os ares e entreter-me inusitadamente?!

[agora vê se não esquece]

sábado, 4 de outubro de 2008

You can tell by the red in my eyes

"They'll say just:
let
her
crash
and
burn
she'll learn.
The attention just encourages her"

'Girl Anachronism' from The Dresden Dolls

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Festivais e violinos

Já são 3 e meia da manhã, e o contingente de barulho continua impassível. Permaneço sentado contra a parede, exausto e raivoso, assim como meus colegas de banda, espalhados pelo salão. O pedal duplo a percutir o bumbo, somado ao cheiro de cigarros, contribuem para que minha fúria e vontade de estar em casa pudessem ser facilmente captadas.

A escassez de pessoas, a hora avançada, o sono de todos, tornava a idéia de tocar, aquela noite, algo talvez odioso. Meus companheiros de banda, irados com a má organização, queriam ir embora. A vocalista discutia com uma garota do público, que insistia para que tocássemos, que, afinal, o resto das pessoas estava lá para nos ouvir tocar. Nós da banda nos estreolhávamos: tocar ou desistir? Desistir me era quase inconcebível, profundamente lastimante, quatro tardes inteiras gastas para ensaiar para esse maldito festival, e não tocar?! Me mataria de pensar na chance que deperdiçaria.

4 horas da manhã. Entreolhares e mais entreolhares. "Vamos tocar então! Umas três músicas só já dão", disse eu , afinal a paixão por tocar me aliviaria a perturbação mental daquela noite.

Ok, todos concordam. A penúltima banda estava na última música. Todos a postos. Corro e pego meu violino nos backstages. Finalmente a guitarra dá seu último grito e a bateria bate o último prato. Nossa vez. Lá vai a banda pro palco. Não é minha vez ainda. Metal Bucetation, do Massacration. Pronto, microfone ajeitado, subo no palco. Saudações, olhares inusitados, curiosos. "Um violino em uma banda de metal!" Não sinto receio, mas ânimo enorme de tocar. E dá-lhe Evanescence e Nightwish. Problemas de volume do violino, posteriormente consertados. Belos arranjos violinísticos deixaram o público bem; se não pela música, pelo menos pela inusitada estética.

E finalmente finda-se com o Fantasma da Ópera, e então tudo torna-se gargalhadas e comentários felizes. Sonho realizado. Aguardemos a próxima participação erudita no metal local...

domingo, 28 de setembro de 2008

Aquem do bem e do mal

O problema de fazer coisas boas é que as pessoas pedem bis.
Precisa-se ser muito bom para ser bom.
Parece então que ser mau é mais fácil, talvez até mais divertido.
Então por que ser bom?

sábado, 27 de setembro de 2008

[des]memórias

Gosto quando as pessoas me esquecem, e então se lembram de mim repentinamente.
Assim sinto justificado meu esquecimento das pessoas.

Lembrar [ou deixar de ignorar] faz um dia mto feliz... ou até libertar alguém de um sofrimento extenso...
é só isso que é preciso...

domingo, 21 de setembro de 2008

Sobre o álcool

Bebentes bebem e têm de se controlar.
Eu bebo meu refri e procuro me descontrolar.

Acho que meu caso é menos problemático...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Monotone, monocromatic, monotheistic

Kael's got her at his bed
Inegately empty he declared
"Let me see what she's got"
Lovely nude made him mad
Monocromatic ridiculous sex
Ended his heart and mind bad

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Não amar é uma opção?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sinto [ou não]

Encosta a palma da tua mão no meu peito; e tua cabeça, deita em mim.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Egocentrismo e dominação

"-A que horas você tem que ir à faculdade? - perguntei, dando-lhe a entender que não pretendia me demorar em seu apartamento.
-Teria que ir às sete. São seis.
-Teria que ir? - insisti.
-Sim, caso você queira que eu vá...
-Por que não ia querer?
-Por que talvez você não queira ficar aqui sozinha me esperando - respondeu com um sorriso irônico na cara.
Ele tinha assumido que eu ficaria, com prepotência (eu queria que ele quisesse que eu ficasse, mas não ia dizer nada). E continuamos conversando sobre algum assunto supérfluo quando percebi que eram seis e meia.
-Você não vai conseguir chegar à faculdade...
-E se eu não quiser ir?
-Você tem que ir.
-Por quê?
-Porque não pode faltar. Além disso, não quero impedi-lo.
-Tem certeza?
-Faça como quiser, de todo jeito, já estou de saída.
-Mesmo?
-Sim, não tenho mais o que fazer aqui. Vim para conversar um pouco e já falamos o que havia para falar. Já posso ir.
Com uma postura dominadora ele pôs-se de pé atrás de mim. Eu estava quase tremendo. Ele pôs as mãos nos meus ombros e falou que eu tinha um machucado nas costas. Arrancou uma casquinha com a unha. Não me mexi. Estava tremendo. Ele começou a me massagear, acariciou minhas costas, me beijou no pescoço.
-Parece que você não esta reclamando - disse, arrogante.
Os beijos e as carícias se tornaram mais contínuas, então resolvi me mover e fingir que me despedia.
-Será que sua namorada vai gostar do que você está fazendo?
-Para mim você gostar já é o suficiente - respondeu.
-Muito bem, já vou.
-Tem certeza de que quer ir?
-Não.
-Então por que vai?
-Você tem que ir à faculdade...
-Hã hã - e se aproximava de mim.
-E porque não está certo...
-Hã-hã - agora estava acariciando minhas costas.
-E porque...
-Sim? - agora sua boca estava a meio centímetro da minha - Quer ir? Vamos, se quiser - respondeu e se afastou de mim.
Claro que não fui."

CIELO LATINI. Abzurdah [pg.105-106]

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fruto de uma inspiração alheia

Estava frio, um nevado inverno, e ouvia uma sutil chaleira mais adentro. Observava-te, petrificada com o frio e o vento, com os cabelos soltos a se dispersar no sopro gélido. Aproximando-me, pego tua mão, beijo-a, tomo-te em uma dança, silenciosa, a musicar em nossas mentes, por alguns instantes. Cesso por um momento, sutilmente, enrolo-te em um cobertor, e noto tua face mais corada, sussurro-o. Beijo-te, sim, agora nos doces lábios, e prosseguimos. A sutileza extasiante nos faz, assim, devanear insanamente, e nada mais importa.

A inspiração alheia

"...Havia neve, fragoroso som de chaleira; estava petrificada com o frio e o vento, meus cabelos soltos se dispersavam, pegava minha mão, beijava-a e dançávamos um instante, em seguida enrolava-me em um cobertor e dizia que eu havia corado, beijava-me, agora nos lábios, e prosseguíamos. Devaneava insanamente enquanto as colisões perfeitamente elásticas e inelásticas suplicavam-me respostas. Dei-as"

terça-feira, 22 de julho de 2008

Einsamkeit oder Zweisamkeit?

A lua, lumiosa e branca no céu. Vento sereno, sutil. Noite a cobrir tudo. Aromas campestres, doces. Talvez uma praça, uma lagoa, um campo, uma rua, uma escadaria, um alpendre, um morro, uma árvore, contanto que silenciosamente. Paz de espírito, tudo a repousar, obscuro e resplandescente.

E vem a pergunta, sobre o melhor, o mais pleno:


Solidão ou alguém com quem estar?


[toda a imagem, a paisagem, a ilusão, torna-se incrivelmente e esmagadoramente magnífica; às vezes sua beleza não é suportável, assim me surge a pergunta]

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Águas represadas

É incrível o efeito que quantidades imensas de água fazem. Sentado aqui, à sombra, observo a resplandescente superfície aquosa que me sorri, serena, e serena me torna. Superfície essa de consideráveis proporções. Não sei o que é exatamente - o brilho, a serenidade, a imensidão, o azul - que acalma a alma e atiça o espírito à liberdade; mas não importa a causa, ela obtém seu esperado efeito.

Choro agora, pelo brilho das imensas águas e pelo gélido vento que me beija a face e o corpo todo, choro feliz pela minha ávida liberdade.

domingo, 13 de julho de 2008

Sobre a curvatura do universo

Assim como venero a redonda lua e a noite que nos envolve, como creio,
adoro e admiro teus seios,
que arrepiam ao meu toque
e tão quentes sempre me parecem.
sei-os. sei-vos. sê-vos!

sábado, 12 de julho de 2008

O empirismo óbvio

Cada momento agora será o mais profundo.
Cada beijo o mais cheio de amor.
Cada gemido o mais delirante.
Cada situação a menos preocupante.
Cada beleza a mais estonteante.
Cada perspicácia a mais bem apreciada.
Cada vento o mais bem soprado.

E
nessa
descida
louca e lú-
cida hei de ser
cada vez mais a mim
mesmo, o máximo possível.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Recado à noite

[Férias, férias] E novamente devoto-me a ti, noite. Sempre me surpreendes pela beleza e sutileza. És de minhas damas a mais formosa e incrível, tu envolves-me e deixas-me ébrio, a sorrir. Estou sempre em ti, a cantar músicas em teu nome, honrar tua visão; tuas frações mais notáveis - a lua, as estrelas, o vento - me cativam totalmente e têm meu amor.

Continuarei, então, a amar-te e desejar-te, esperando de ti a recíproca, enquanto me encaras muda, docemente. Envolve minhas damas e protege a elas e a mim, ambos entendemos que embora nos amemos, cientes somos de nossas liberdades.

Doces liberdades...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Memória... qual?

Memória, memória... acho que abandonei sua devoção há algum tempo. Rostos e nomes vagos me escapam, palavras ditas e ouvidas me fogem, situações devencilham-se de mim. Imagino que pode ser pela minha opção pelo improviso, nada muito fixo e concreto, menos ater-se a materialidades e mundanidades... [soa tão espiritualista... ou tão relapso...]

É perturbador quando eu sei que tinha algo para escrever, uma coisa que tinha pensado e era interessante, e... não vem! ooooooh...

bem, estou de férias, quero mesmo é esquecer de tudo e viver feliz praticando meu nadismo, o dia todo... nadando, fazendo nada... mas, claro, cada dia um nada diferente... variar é importante, fazer nada não é redundância de rotina...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Oscar Wilde

"Sim, sou um sonhador. Sonhador é quem consegue encontrar o próprio caminho ao luar e, como punição, vê o alvorecer antes do resto do mundo"

domingo, 29 de junho de 2008

Posso te dar um beijo?

Beijos, beijos... coisas loucas são eles...
Traduzem toda uma alma, todo o significado de tudo que se trouxe...
É um símbolo do sagrado, do divino,
o beijo é a materialização do que há de mais espiritual e intenso.
Seria cruel negá-lo a quem o mereça...

Por que [ou não] sermos cruéis?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A questão de sempre:

A beleza ou a sinceridade?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Acordes e corpos silenciosos

O silêncio me assombra e me sossega.
Me assombra tua cabeça tão próxima, e tão silenciosa.
Estamos juntos, nosso calor é um só,
Nossas mentes tão adjacentes, e tão intocáveis,
Meus pensamentos gritam no êxtase que ainda me reverbera,
Seus loucos pensamentos, imagino, cintilam furiosos, por ora saciados,
E ainda assim, mentes gritantes, cabeças tão próximas,
Corações a trocarem batidas [des]compassadas pela pele,
expressões vitoriosas nos rostos,
carinhos a circundar o tato,
sussuros delirantes nos ouvidos,
teu perfume a inebriar meus pensamentos
e teu gosto a girar em minha língua,
ainda assim,
mesmo nessa harmonia e contato e paz,
não ouço sua mente a falar com a minha.

Talvez isso me sossegue.
Mas isso não me importa, realmente.
Tudo está perfeito...
e sei que você também concorda...

domingo, 22 de junho de 2008

Amor quente e Ice gelado

Pode parecer estranho, egoísta, sádico, macabro, o que for...
Mas se não tirasse esse dia, teus temores provavelmente se concretizariam:
te odiaria, obstruirias minha vida, não mais quereria ver-te em minha frente.
Agradeça ao teu deus, e considera um pouco minha humanidade.
Minhas neuroses e perturbações não são infinitas, mas não se rendem à pura poesia, como eu gostaria.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Vida [quase] nova

Aqui estou, estático, encostado neste mesmo poste que me sempre é apoio fiel. Esse dia gélido me agrada, as nuvens cinzas sobre minha cabeça são belas, mas não sei. Estou a esperar, e não sei o que sinto, talvez só sei da minha resignação.
E ela vem. E em nada mais penso, nada mais sei, só espero. E ela vem. Está bela como sempre, mas há algo, que sei, não está bem. E ela vem.
A um metro e meio de distância, caminho para ela. E a abraço, e tudo vem. Me vem ódio, me vem amor, me vem raiva, me vem carinho; a abraço e a acaricio, porque ela precisa de mim, e estou disposto a ajudá-la, quero-a bem como dificilmente quero aos outros. O abraço se demora, retenho lágrimas que fingem querer sair, sinto no meu ombro as lágrimas que não sei se ela chorou. E depois do turbilhão de emoções contraditórias, me acalmo, e sei que estou fazendo o que realmente devo fazer. O abraço se demora, e desejo que ele não se acabe. O desespero dela em meus braços, o meu desespero disfarçado, é tudo muito poético. Desesperos que unidos se curam, se ajudam, se adoram, se desfazem.
Por esse instante o tempo não passou, ou foi-se incrivelmente rápido. Não poderia dizer se foram meros minutos ou longas horas, mas a vida segue assim, e temos que nos curar. Não sei se basta apenas meu gostar muito, mas quero que sinta isso, e, agora, sinta nesse abraço.
E com uma cumplicidade bicentenária, nos soltamos, e os lábios se colam, e não há mais nada que importe.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Soluços

Quero, preciso, escrever...
sinto essa falta dentro de mi'alma
porque há tanto o que falar, tanto o que sentir fora de mim
mas malditamente não me dou tempo.
Quero me livrar minha alma contida da minha raiva, da minha paixão, de mim mesmo;
me colocar para fora parece simples às vezes, às vezes é asfixiante retirar-me;
minhas palavras parecem mais ridículas que nunca,
e a perfeição, muito mais abstrata e vil.
Estou me cansando da ácida neurose que o perfeccionismo traz, e deixar de me crer superior a muitos pode tornar tudo mais simples...
Só descansar, é o que quero. Descansar de mim mesmo, de meu impelir-me à ponta do precipício dos enlouquecidos pela ganância do pódio mais alto.
E me pergunto, por que não posso ser egocêntrico e feliz com isso?
Será que tenho de optar pelo caminho que não estou?
Abandonar o drama que me dá estilo por uma vida simples e leve?
Quero ter os dois lados! Pois essa é a beleza que escolhi para mim, e ainda não conseguiu-se provar de total peçonha.

[Nunca sei o que digo em momentos como este...
Poesia vaga, sugestiva: simbolismo. Falta somente a métrica e musicalidade.
Talvez seja um pouco barroca, um pouco romântica...]

Falta-me escrever quando estou feliz, falta-me escrever quando estou muito cansado, falta-me escrever quando estou muito triste. Só escrevo quando estou, então, desesperado...

sábado, 24 de maio de 2008

Trecho do sonho em outro mundo

Continuo andando pelas ruas
Tudo negro, como gosto
Vento a me acariciar, como me delicio
Lua a me observar, como sonho
E ainda assim, no auge do prazer idealizado
Das cores lindas e visões oníricas
Me mordo e me suspiro
Pois, pelos céus...
Apenas tenho uma lembrança doce e gélida do que me tem e me espera

domingo, 30 de março de 2008

Game objectives

___Não tentar viver: fazê-lo; afinal, não pode-se evitar a vida, e há coisa mais interessante e fantástica?
___Descobrir os melhores modos pelos quais minha existência terá significado.
___Decifrar a mente humana em sua complexidade incomum [pessoas, pessoas, entendê-las é apaixonante...].
___Combater a ignorância e estupidez, divulgar o pensamento racional.
___Não deixar que a música cesse em sua magia.
___Apreciar a beleza, sempre que possível, seja ela qual for.
___E, por fim, driblar a mim mesmo, afinal, sou meu pior inimigo, esse meu lado humano me alveja e me destrincha; encontrando no anti-convencional e no surpreendente meu elemento.

quinta-feira, 13 de março de 2008

[Receios condensados]

[tentei escrever algo... mentira, que fiquei entretido nas inutilidades da internet, e me deparei com a hora, que é a hora que quero dormir... eu preciso escrever, pois muita coisa passa pela minha mente.
[suas contradições formam uma lógica deliciosa, pois a cada gesto que retém e a cada medo que não me conta, mais quero te entender. Seria o mistério a maravilha que procura em você?
[maldito ar de rotina e aulas bocejantes...
[sehnsucht a cada beijo terrivelmente desumano de despedida... ou seria egoísmo da minha parte?
[e me pergunto se os olhos negros de lágrimas retidas pousam sobre minhas tortuosas linhas... mas não sei se quero saber a resposta


câmbio desligo]

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre a [im]perfeição

Minha perfeição dura um instante singular. Minha imperfeição também é similar.

E mesmo que a perfeição seja inalcançável [lembra da velocidade da luz?], por que não sempre nos dirigirmos à ela?

[ouço vozes, elas me dizer onde estou errado, e por vezes se recusam a me dizer, me deixando a adivinhar, desesperado. Minha frieza me consome, e depois do beijo que não esqueci não me lembro mais do que não fiz, mas, de qualquer modo, eu poderia estar mais tranqüilo...]

domingo, 2 de março de 2008

Violin after midnight

It's a rose I'm after, the most beatiful thing of all. Many wish it and dream of it. I look for it 'cause it's perfection, it's a dream, a escape, a magic, a sweet melody played by cellos...

But I start to acknowledge I'm after a thing that's deep inside shadows. Don't know if everyone see those shades, but I do.

It's beautiful, but I don't actually know it deep. I wish it most, dreams and tears and colapses for that black rose; but it's the finest perfection, I need this rose.

Bare dreams are harmless, but proximity hurts. I approach a rose - I don't know its scent, its essence at all - and it hurts. Evil forces, too many wishes and dreams and needs, and so it's away again. Blood and tears are lost again, and again I don't have myself at all, my pieces get scattered through hearts.

You don't having a part of yourself surely makes you crash to reality, as a falling stone in a world of glass. It disturbes you lots. Maybe it's my lonely soul, that dreamin' of roses, black ones or not, drunk in poison or purely asleep.

Only Ravena knows my deep, and I'm still wrapped in chains longing for a rose that can make me feel a soul...



[a quem não se sente a vontade com inglês, apenas ignore...]

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Metadata2 - Sobre várias coisas

Às vezes deixo de escrever algo até interessante e/ou filosófico pois diz respeito a alguém, e seria algo meio como contar segredos ou sentimentos por cartazes. Não sei, sei lá, mas às vezes isso me vem a mente...

[Medo irracional de magoar as pessoas, de magoar a mim mesmo, alterar a melhor ordem das coisas... Mas, afinal, os ritmos são diferentes, me chama de louco e não sei o que você pensa, mas sei o que não sei... Medo de construir as coisas de modo inconcistente...]

...ando meio ridículo...

[o que foi que eu escrevi?]

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Há diversos motivos

"É injusto que se apeguem a mim, embora o façam com prazer e voluntariamente. Eu iludiria aqueles em quem despertasse desejo, pois não sou o fim de ninguém e não tenho com o que satisfazê-los. Não estou eu pronto a morrer? E, assim o objeto do apego dessas pessoas morrerá. Logo, quando não seria eu culpado por fazer crer numa falsidade, embora eu a adoçasse e acreditasse nela com prazer, e que ela me desse prazer, ainda assim sou culpado de me fazer amar. E, se atraio as pessoas para que se apeguem a mim, devo advertir aqueles que estariam prontos a consentir na mentira de que não devem acreditar, qualquer que seja a vantagem que daí me advenha."

Blaise Pascal, Pensamentos

[somos, afinal, mera ilusão; haveria motivo para insistir nesse teatro?]

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"walk away"

"Todas as coisas que você sempre quis fazer, e nunca encontrou um amigo ideal para fazê-las.
Palavras que você sempre quis dizer, mas nunca encontrou alguém que merecesse ouvi-las."

Só achei lindo. Não que eu precise dessas frases agora, ou que me sinta assim. Mas é poético e inspirado. Há pessoas que sabem escrever...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Aos patos

Há um ano, praticamente, não moro mais na cidade em que nasci. E vejo o quanto o tempo se passou, e como as coisas mudaram; e o quanto foi difícil mudar. Mas, inevitavelmente, mudei, de espaço e de mente.

Não conhecia ninguém. Me atinha muito a minha cidade natal, e às pessoas de lá. Não as tinha deixado ainda. Não havia cessado de amar o que eu tinha deixado, embora eu estivesse aqui e fosse continuar aqui.

No que se segue, fui me desprendendo aos poucos. Fiz amigos e amores, aprendi coisas e mais coisas, descobri muitas bandas novas... e continuo seguindo a vida.

Mas, e as pessoas de lá? Esqueci? Abandonei?
Não.
Simplesmente não tenho mais uma necessidade urgente delas. Talvez isso até faça nosso vínculo mais interessante, espontâneo, pois gosto delas, e as vejo porque são únicas. E, afinal, me agüentaram por todos esses anos, e merecem esse mérito. =D

Não quero deixar de tê-las como parte de mim...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Atoísse

Estou aqui naquele resto de férias em que a gente tenta ao máximo não fazer nada... e aproveitar o resto de nada q nos espera...
Na constância dessa atoísse, nada me ocorre. Então vêm esses textos incompletos e reticentes...
Tento driblar minha parcialidade [e penso se isso atrapalha realmente], mas sejamos interessantes...
Não tem nada de interessante hoje, então.
Mas estou tentando tornar esse antro, apesar de obscuro, menos fúnebre.
então...


FELIZ ANO NOVO!!!


[já deram o remédio dele hoje?]

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Poesia útil, ou...

Estive pensando, qual seria a utilidade da poesia?
Embelezar o mundo, fruto da boa vontade de quem escreve;
às vezes torná-lo mais triste, quando o escritor assim se sente;
ou seria simplesmente extravasar qualquer que seja o sentimento que se sinta, como um modo de escape, mesmo, da realidade?

Sei que a minha tem utilidade para mim. Marcar tempos, sejam tristes ou felizes, finamente belos. E extravasar, também.

Mas só pensei na pergunta em si, e nem tanto na resposta...
[É, era pra ser bem curto mesmo]

domingo, 27 de janeiro de 2008

Qual a graça de jogar xadrez contra você mesmo?

[Ei, relaxa...
Isso, deita e pensa com calma...
As coisas não estão mal; Você quem está com muita coisa em mente.
Não, não pensa nisso... Cada um tem seu elemento; Lembra que a perfeição não é alcançável, por lógica e física; o fato de algo ser perfeito já é um defeito.
Eu sei que essa teoria é sua.
Claro que gosto delas, e sempre estou a ouví-las; acha que eu andaria contigo se não gostasse?
Ah, sabe que também te adoro...
Eu...



...a porta...]

Taquicardia

Quando quero escrever, quero escrever muito, quero escrever pouco, quero escrever de várias coisas.
Deixe a alma vomitar...
as coisas não precisam seguir ordens lógicas, ainda mais aqui
não precisa ter lógica...
nada precisa...
não...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Silêncio...

Ainda estou por imaginar o que se passa em tua mente, ou na minha...
Não sei se quero me preocupar com isso...
De repente tudo fica tão longe e sem graça...
De qualquer modo, é o que queres...
Respouse o silêncio que sentencia...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Notívago interno

Tão pacata, suave
Tão a nos esperar
Assim me parece a noite.
Sinto seu perfume gélido da janela
Me chama em tonalidades célticas
Um mudo obóe em lá menor me grita
Mas não o ouço
Pois estou preso dentro de mim
e dos outros, ouço silêncio.
A noite, quero sentí-la
Por seus devaneios levado
Por seus beijos enlouquecido
Por suas carícias acalmado.
Ainda assim, estou estático
Não me é desafio que eu possa enfrentar
Ou que eu queira fazer.
Sinto somente as pessoas que não tenho, dentro de mim.
E sinto que me têm, como docemente as deixei.
E a noite está aí, e não tenho escolha, senão dormir
E deixar toda a beleza de lado.
Esperando serena...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Tiradentes



Aqui somos eu e o gil, na praça central de tiradentes, tocando para a felicidade dos habitantes, turistas, e de nossa própria felicidade. Além de a música ser passatempo maravilhoso, arrecadar fundos para nossa nobre causa é bem interessante. Arsenal: Folk alemão, Villa-lobos, Improvisos bizarros... Ah, eu amo música...

domingo, 6 de janeiro de 2008

Metadata1

É o tipo de coisa que me vem a mente: o rumo que essa minha página virtual toma. Ultimamente [e bem no começo] anda triste demais. Isso não é legal... diria que é quase ridículo. Deveria ser bonito...

A questão é que não sei exatamente o que escrever. Coisas felizes, coisas tristes, coisas inteligentes, coisas imbecis, coisas pessoais, coisas impessoais. Enquanto não sei exatamente o que escrever, escreverei o que me vem a mente. Acho, afinal, que é assim que deve ser.

Vejo outros blogs, acho maravilhosos. Simples, mesmo. Acho que a expressividade de cada um é muito interessante. Gosto de ler o que as pessoas escrevem, decifrá-las. São as magias nas quais eu acredito: a psicologia e a física quântica...

Se alguém quiser sugerir alguma coisa, estou aberto. Este espaço, afinal, não é só meu. É de tudo o que me compõe, incluindo meus leitores.

Enfim...

...How I wish, how I wish you were here...
...We're just two lost souls swimming in a fish bowl...
...year after year...
...Running over the same old ground...
...What have you found? The same old fears...
...Wish you were here...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Ontem...

À véspera de meu dia, aqui
Escondido e sozinho
Bebendo meu licor escarlate
E me afogo em minhas linhas, sem saber o que esperar

Fugi de mim novamente
Porque seria pior ter continuado ignorando a mim mesmo
Me contorcendo anestesiado em minha cama dura
Me consumindo em meu inconsciente doentio
Espero ter ido longe o bastante
Para sentir o vento e a grama
Para me abandonar, e refletir

Refletir, porque não sei o que me agonia
Refletir, porque minha insanidade destruiria tudo
Todo o perfume e a poesia
E a tranqüilidade que me é essencial
Sei que faço isso pela minha alma que deixei
Para ser digno novamente dela
Não estou completo aqui
Para me equilibrar o quanto for necessário renascerei

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano novo?!

Mais um ano se vai. Na verdade, temos sempre a impressão de que ele se esvaiu por nossos dedos, que deveríamos ter feito algo mais. Sempre dizem(os): como passou rápido... Sempre que olhamos para trás temos essa impressão, porque já não estamos mais lá, estudando, trabalhando, sofrendo, chorando. As crises foram superadas, a pele já cicatrizou, os castigos e punições perderam a importância. Porque agora é festa.

E vem a família. E vêm os amigos. Ou vamos lá, a algum lugar, celebrar. Mas não há exatamente algo para celebrar. Acaba um ano, começa outro, mas a vida não muda. O mundo continua girando como sempre fez, a estrutura atômica das coisas não se altera. Fazem promessas: trabalharei, resistirei, economizarei. Esquecerei de todas as promessas, isso sim. Não dou nem 15 dias para que isso aconteça...

E todos dizem a todos: "feliz ano novo". Sabemos que poucos dos nossos cumprimentos são sinceros. Isso talvez faça com que os que são sinceros tenham mais valor, e não prestamos atenção nos outros. Não precisamos, afinal, os dizemos por pura educação.

Pode parecer que acho esse evento imbecil, mas na verdade não. Gosto do efeito das coisas que, mesmo sem significado consistente, une as pessoas. É um evento interessante, nos juntamos com as pessoas das quais gostamos, para comer, beber, ver os fogos... É um pretexto para festejar. E as pessoas ficam tranqüilas, em paz. E brindam a vida.

Esta não foi uma passagem de ano tão perfeita quanto outras. Infortúnios... Não consegui ficar junto de todas as pessoas que mais gosto. Mas certamente durante o ano ficarei junto a elas o quanto for possível, quando for possível.