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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fruto de uma inspiração alheia

Estava frio, um nevado inverno, e ouvia uma sutil chaleira mais adentro. Observava-te, petrificada com o frio e o vento, com os cabelos soltos a se dispersar no sopro gélido. Aproximando-me, pego tua mão, beijo-a, tomo-te em uma dança, silenciosa, a musicar em nossas mentes, por alguns instantes. Cesso por um momento, sutilmente, enrolo-te em um cobertor, e noto tua face mais corada, sussurro-o. Beijo-te, sim, agora nos doces lábios, e prosseguimos. A sutileza extasiante nos faz, assim, devanear insanamente, e nada mais importa.

4 comentários:

Luciana Mariano disse...

Queria o frio, para ate certo modo ser aquecida. Meu fogo interno apenas me queima por dentro, mas deixa minha pele, fria como gelo, vago em pensamentos, devaneios, penso em coisas, trajetos, debaixo de meu cobertor, sussurro um nome, que está longe, nem com o grito mais escandaloso ele ouviria, apenas imagino o que poderia estar acontecendo, mas nesse intervalo, não quero só imaginação, quero algo a tocar, e quero ser tocada, como a mais bela poesia, quero ser decifrada.

Beijos meu garotinho.

Anônimo disse...

Transparece a necessidade de tuas palavras, de teu tom, tua voz, teu sussurro, tudo advindo de ti, tudo à caminho da sensibilidade que em "tua inspiração" reside, aguarda-te, torna-se plano real, tudo desconserta-a... Arrepia-a até a espinha, completa-a, acrescenta-a, retem-na. Tal inverno e tais toques são instantes, são expressões da euforia interna, são belos, são unicos... nossos. Há sonhos que só podem ser sonhados uma vez, com lugares e momentos específicos, exatos, com a plena harmonia entre corpos e estados, estado de espírito, estado de "vontade". Há poesia na dança, no olhar, no silêncio (que aproxima), que remete à mente, à carne, à textura, à promíscua-poética integração. O integrar-se não pode ser produzido, reconhecido sim, eis como ele mostra-se. Reconheço-o, sim a ti. Parte de meu devaneio, reconheço-o uma vez mais. Concretizar, como perturba-me a idéia, como se faz presente, e como já tenho tudo suspenso, estejamos suspensos, ambos, juntos. Divagar sobre sublimes momentos torna-se pungente, torna-se presente, sintamo-no, o devaneio, esgotemo-nos nele, doemo-nos a ele! Parece-me o mais leve...

Cavalheiro, um beijo, aquecido, ainda é inverno...

Lívia Barbosa disse...

coincidências engraçadas... engraçadas coincidências! havia chaleira, frio, cebelo solto e uma coberta pra esquentar. havia tb uma companhia gostosa q esquentava mais do q a coberta. as risadas e os causos contados esquentavam em um dia frio... um frio dia... um dia de inverno e um nascer do sol demorado acompanhado de pensamentos vagos. ou não. vc me deve uma consulta de psicóloga! ;D

Lary disse...

Ah, a sutileza do silêncio...