PROIBIDO ler e não comentar!

domingo, 29 de junho de 2008

Posso te dar um beijo?

Beijos, beijos... coisas loucas são eles...
Traduzem toda uma alma, todo o significado de tudo que se trouxe...
É um símbolo do sagrado, do divino,
o beijo é a materialização do que há de mais espiritual e intenso.
Seria cruel negá-lo a quem o mereça...

Por que [ou não] sermos cruéis?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A questão de sempre:

A beleza ou a sinceridade?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Acordes e corpos silenciosos

O silêncio me assombra e me sossega.
Me assombra tua cabeça tão próxima, e tão silenciosa.
Estamos juntos, nosso calor é um só,
Nossas mentes tão adjacentes, e tão intocáveis,
Meus pensamentos gritam no êxtase que ainda me reverbera,
Seus loucos pensamentos, imagino, cintilam furiosos, por ora saciados,
E ainda assim, mentes gritantes, cabeças tão próximas,
Corações a trocarem batidas [des]compassadas pela pele,
expressões vitoriosas nos rostos,
carinhos a circundar o tato,
sussuros delirantes nos ouvidos,
teu perfume a inebriar meus pensamentos
e teu gosto a girar em minha língua,
ainda assim,
mesmo nessa harmonia e contato e paz,
não ouço sua mente a falar com a minha.

Talvez isso me sossegue.
Mas isso não me importa, realmente.
Tudo está perfeito...
e sei que você também concorda...

domingo, 22 de junho de 2008

Amor quente e Ice gelado

Pode parecer estranho, egoísta, sádico, macabro, o que for...
Mas se não tirasse esse dia, teus temores provavelmente se concretizariam:
te odiaria, obstruirias minha vida, não mais quereria ver-te em minha frente.
Agradeça ao teu deus, e considera um pouco minha humanidade.
Minhas neuroses e perturbações não são infinitas, mas não se rendem à pura poesia, como eu gostaria.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Vida [quase] nova

Aqui estou, estático, encostado neste mesmo poste que me sempre é apoio fiel. Esse dia gélido me agrada, as nuvens cinzas sobre minha cabeça são belas, mas não sei. Estou a esperar, e não sei o que sinto, talvez só sei da minha resignação.
E ela vem. E em nada mais penso, nada mais sei, só espero. E ela vem. Está bela como sempre, mas há algo, que sei, não está bem. E ela vem.
A um metro e meio de distância, caminho para ela. E a abraço, e tudo vem. Me vem ódio, me vem amor, me vem raiva, me vem carinho; a abraço e a acaricio, porque ela precisa de mim, e estou disposto a ajudá-la, quero-a bem como dificilmente quero aos outros. O abraço se demora, retenho lágrimas que fingem querer sair, sinto no meu ombro as lágrimas que não sei se ela chorou. E depois do turbilhão de emoções contraditórias, me acalmo, e sei que estou fazendo o que realmente devo fazer. O abraço se demora, e desejo que ele não se acabe. O desespero dela em meus braços, o meu desespero disfarçado, é tudo muito poético. Desesperos que unidos se curam, se ajudam, se adoram, se desfazem.
Por esse instante o tempo não passou, ou foi-se incrivelmente rápido. Não poderia dizer se foram meros minutos ou longas horas, mas a vida segue assim, e temos que nos curar. Não sei se basta apenas meu gostar muito, mas quero que sinta isso, e, agora, sinta nesse abraço.
E com uma cumplicidade bicentenária, nos soltamos, e os lábios se colam, e não há mais nada que importe.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Soluços

Quero, preciso, escrever...
sinto essa falta dentro de mi'alma
porque há tanto o que falar, tanto o que sentir fora de mim
mas malditamente não me dou tempo.
Quero me livrar minha alma contida da minha raiva, da minha paixão, de mim mesmo;
me colocar para fora parece simples às vezes, às vezes é asfixiante retirar-me;
minhas palavras parecem mais ridículas que nunca,
e a perfeição, muito mais abstrata e vil.
Estou me cansando da ácida neurose que o perfeccionismo traz, e deixar de me crer superior a muitos pode tornar tudo mais simples...
Só descansar, é o que quero. Descansar de mim mesmo, de meu impelir-me à ponta do precipício dos enlouquecidos pela ganância do pódio mais alto.
E me pergunto, por que não posso ser egocêntrico e feliz com isso?
Será que tenho de optar pelo caminho que não estou?
Abandonar o drama que me dá estilo por uma vida simples e leve?
Quero ter os dois lados! Pois essa é a beleza que escolhi para mim, e ainda não conseguiu-se provar de total peçonha.

[Nunca sei o que digo em momentos como este...
Poesia vaga, sugestiva: simbolismo. Falta somente a métrica e musicalidade.
Talvez seja um pouco barroca, um pouco romântica...]

Falta-me escrever quando estou feliz, falta-me escrever quando estou muito cansado, falta-me escrever quando estou muito triste. Só escrevo quando estou, então, desesperado...