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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Vida [quase] nova

Aqui estou, estático, encostado neste mesmo poste que me sempre é apoio fiel. Esse dia gélido me agrada, as nuvens cinzas sobre minha cabeça são belas, mas não sei. Estou a esperar, e não sei o que sinto, talvez só sei da minha resignação.
E ela vem. E em nada mais penso, nada mais sei, só espero. E ela vem. Está bela como sempre, mas há algo, que sei, não está bem. E ela vem.
A um metro e meio de distância, caminho para ela. E a abraço, e tudo vem. Me vem ódio, me vem amor, me vem raiva, me vem carinho; a abraço e a acaricio, porque ela precisa de mim, e estou disposto a ajudá-la, quero-a bem como dificilmente quero aos outros. O abraço se demora, retenho lágrimas que fingem querer sair, sinto no meu ombro as lágrimas que não sei se ela chorou. E depois do turbilhão de emoções contraditórias, me acalmo, e sei que estou fazendo o que realmente devo fazer. O abraço se demora, e desejo que ele não se acabe. O desespero dela em meus braços, o meu desespero disfarçado, é tudo muito poético. Desesperos que unidos se curam, se ajudam, se adoram, se desfazem.
Por esse instante o tempo não passou, ou foi-se incrivelmente rápido. Não poderia dizer se foram meros minutos ou longas horas, mas a vida segue assim, e temos que nos curar. Não sei se basta apenas meu gostar muito, mas quero que sinta isso, e, agora, sinta nesse abraço.
E com uma cumplicidade bicentenária, nos soltamos, e os lábios se colam, e não há mais nada que importe.

3 comentários:

Luciana Mariano disse...

Amei o texto anjo...
Bem explicado...
Te adoro muito...
Beijos.

Laurana disse...

Seu bobo, para de escrever textos tão lindos! Se não eu choro junto!
^^

Küsses!

Lary disse...

Qual mulher pode avassalar tão tenro coração dessa maneira?
Suas meias palavras são mais completas qu milhares de contos detalhados.

Amo-te.

PS: Não "faltava" você. De alguma forma você era o mais presente. Só precisava dessa ausência pra que outros se deleitassem com suas madeixas tão inquietas quanto sua mente...