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domingo, 9 de novembro de 2008

"Amigo punk"

Permaneço em minhas paranóias.
Não digo nada a ninguém porque nunca sei o que eu quero.
Não digo nada, e o niilismo me mata.
Mata-me o niilismo.
Morte ao niilismo.
[Com o niilismo, a morte nunca fez tão pouco sentido].

e eu odeio o que eu escrevo, mas assino, como a desenhista estoniana perfeccionista.


-se ao menos eu conseguisse, por um texto, transparecer meu caos, minha paranóia, minha ira generalizada, minha solidão... mas minha condição poética está lá no chão, libero-me em fragmentos ininteligíveis. Quero uma simples fuga, para sempre; um 'choose your new character'; uma perfeição que me seqüestre (como a menina que joga xadrez). Quero tudo o que não tenho, pois sou a versão masculina d'A incontentável, e mesmo aguardo a carta que nunca virá. Me limito em pensamento aos fragmentos que não me contentam afinal. Porque não tenho alguém só para mim. Alguém para mim só. Só. O resto é a matéria escura que ilustra monocromaticamente minha existência caótica; pouco me importa essa matéria negativa e preenchitiva. Um grito por favor, me devolvam minha garganta! Me devolvam minha capacidade poética, minha alegria infantil. Pode levar meus punhais, só quero olhá-los mais um pouco... E por fim, nesse misto dramático de idéias, destilo a amilase e embebedo-me com essa saliva seca. Arrependimento [pela omissão] é a palavra que tenta a língua a ser dita; língua inquieta, que devora minha boca no desespero de devorar a de outrem.
E não quero dó, abomino-a. Quero empatia. E um beijo. E um carinho. Sinceros.

[esse post n dura mais de um dia]

5 comentários:

Clara Moriá disse...

Léééo... isso foi profundo. Você escreve realmente bem. "[esse post n dura mais de um dia]"
Acho desperdício, pois mero talento não pode ser assim deletado. Mas o texto é seu e a vontade de deletá-lo também é sua.
Tenho orgulho de ser sua prima.
Precisando é só chamr!

Anônimo disse...

Nossa, Léo, se fosse eu que tivesse escrito não teria sintetizado tão bem o momento em que vivo. Precisamos conversar sobre isso, urgente.

Anônimo disse...

Maldita complexidade desencaminhada desvairada mental humanóide.
Se tudo pudesse ser tornado fácil sem perder a graça..
Todos os caminhos apresentados não podem ser seguidos apesar de serem ditos seguros. Mas não dá.. Maldita seja tal complexidade que nós pobres, frágeis seres humanóides estamos condenados a sobreviver.
Conte comigo.
O Dead...

Anônimo disse...

Perturbações constantes.
O silêncio caprichoso que muita das vezes fala mais que inúmeras palavras.
Ser tomado pelo niilismo, faz mal a qualquer ser humano, e comparado a algo que visa "impulso para destruição", "nenhum valor tem base e nada pode ser conhecido ou comunicado", a morte é apenas algo natural. Realmente insignificante.
Jamais faria algum sentido observá-la como algo preocupante.

Tudo o que expressamos através de palavras, textos, olhares, gestos e até mesmo o silêncio, devem ser considerados.
O fato de nossas criações não nos agradarem, apenas significa o perfeccionismo repentino.
Pode-se dizer que desejamos sempre algo mais orginal, diferente, e quando nos damos conta, desprezamos aquilo que criamos.
Realmente, nesse mundo de cópias, achar texto tão sentimental e original, torna-se uma missão impossível, é impressionante essa sua capacidade de demonstrar tal complexidade em poucas palavras.
Quão interessante é essa vontade que todos escritores demonstram em transparecer o que sentem, o que vivem, da forma mais clara possível.
Muitos deles não percebem que já alcançaram tal desejo, e a procura do perfeccionismo para suas criações, elas vão tornando-se cada vez mais completas, bárbaras, sutis, incríveis... e a procura incessável para um conteúdo aconchegante, evolui de forma gritante o pensamento de tal escritor.

Muitas pessoas tem o pequeno problema em desejar aquilo que não possuem.
Esse sentimento que despedaça qualquer mente sã.
Só...palavrinha do contentamento descontente, o pouco...aquele que deseja tanto algo, mas não possui.
Basta você querer encontrar seu "alguém".
A solidão torna a existência sem cor, sem razão, sem documento...
E um grito sem som, no escuro.
Tanto a poesia que resvalava por entre seus olhos quanto a alegria presente diariamente, não existe mais.
Os punhais que guardava secretamente, não foram usados....
O que resta, depois de tantos pensamentos misturados, é a seca saliva e o amargo arrependimento.
A lingua inquieta que ilustra um desejo jovem de forma sutil...
Creio que não és o único a procura de carinho.
Se procuras sinceridade, ela sempre anda junto de um beijo e um carinho dados com amor.

É tempo de colorir o resto negativo que existia, e fazer da existência caótica, um passado distante.
Faça da vida uma comédia!
Lembre-se: Dor é sinal de vida! = ]

Lívia Barbosa disse...

durou mais de um dia! =P