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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A pintura é

Um dia chuvoso, suave. As venezianas barram boa parte da luz: aquela nociva aos olhos cansados da vida, ou da existência em vigília. O ambiente todo assenta-lhe suave para os sentidos frágeis, inclusive o sofá onde se deita, melacólica-nostagicamente. Ela olha para o teto branco, imaginando que talvez fumaria se pudesse, para tornar a memória áspera da existência cada vez menos real. Felizmente para ela, o ambiente sutil a fez sair de si, e as lágrimas represadas não parecem mais tão nervosas. A respiração parece querer parar a qualquer momento, no transe congelado em que se encontra, mas estranhamente se mantém. Num dado momento, suspira, e se pergunta quanto mais viverá daquele jeito [Ou, mais pessimista, o quanto mais durará a vida - que é só aquilo?]

4 comentários:

Djalma Guimarães disse...

Que coisa..
Parece até uma... pintura. Expressionista.

Não sei mais o que fazer disso tudo. A gente tem que dar um jeitinho na bagunça, cara.

Axé!

J. disse...

Gostei do tom psicológico.

Leozoide disse...

Não sei se faz muito sentido pras outras pessoas, essas descrições psicológicas.
Mas se há um estilo de descrição que gosto, é essa.
[a imagem dos sentimentos]

J. disse...

Leia Crime e Castigo então.