"Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na rua de Baixo
Onde é proibido passar.
Onde o ar é vidro ardendo
E labaredas torram a língua
De quem disser: Eu quero
A puta
Quero a puta quero a puta.
Ela arreganha dentes largos
De longe. Na mata do cabelo
Se abre toda, chupante
Boca de mina amanteigada
Quente. A puta quente.
É preciso crescer esta noite inteira sem parar
De crescer e querer
A puta que não sabe
O gosto do desejo do menino
O gosto menino
Que nem o menino
Sabe, e quer saber, querendo a puta."
- Carlos Drumond de Andrade
Eu quero a puta!
[pois as que amam também odeiam. se magoam, me torturam. me magoam, as torturo. e o ciclo macabro se finda no sonho que não alcanço, o ciclo fatídico prossegue na realidade de que não me livro. e as realidades trocam-se aleatoriamente, minhas realidades e vossas realidades, no ímpeto louco da idéia bipolar que é o amor, morrendo a cada segundo na espinha dos românticos, matando-os a cada segundo. sou romântico que morre da doença dos não-romanticos, por vezes o contrário. mas morro e sempre morro.]
[mas nem a puta funcionou.. keep walking..]
PROIBIDO ler e não comentar!
sábado, 10 de janeiro de 2009
A puta
by Leozoide at 1:41 AM
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Um comentário:
"A puta quente", me veio logo a cabeça: cachorro quente. O.O
Já dizia, acho que Leminski, que morrer é a única coisa que me acalma.
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